quinta-feira, 22 de maio de 2014

... quando NELE, eu sou mais feliz...

Tínhamos marcado em um bar.

Eu, para variar, fui dar uma olhada no Google, e aproveitei para ensaiar o caminho.

Cheguei primeiro. Mandei uma mensagem e pedi uma Coca.

Meu coração batia tão forte, que dava para enxergar o ritmo nas veias do meu pescoço. Queria respirar dentro de um saquinho de papel para me acalmar.

Entre a Coca e a chegada dele, foram pouco menos de dez minutos. Minhas mãos suavam.

Quando o avistei se aproximando, quis sorrir, mas minha bochecha tremeu.

E ele sorriu.(Droga!)

Eu estava a dois segundos de me apaixonar.

Pediu uma cerveja. Ainda tinha coca-cola no meu copo.

Eu tentava me controlar, mas comecei a sentir muito calor. Tirei a blusa. Falei uma meia dúzia de bobeiras. Minha desenvoltura some quando me boto muito tímida.

A gente foi conversando, foi se aproximando. As pernas se encostaram.

E foi assim, meio que por sorte, meio que por disposição, que descobri que, quando NELE, eu sou mais feliz!!!
















terça-feira, 20 de maio de 2014

O amor é sorte!

O amor é uma luz acesa, meia dúzia de "sim" e um punhado de coragem.

O amor é um balanço. Não, não, uma gangorra!

Sobe e desce.

E precisa de dois.

O amor é sorte!






segunda-feira, 19 de maio de 2014

A curva da cintura

Parando pra fazer uma analogia básica, pensando sobre carros e corpos, a cintura é, definitivamente, o volante do corpo.

Definitivamente.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O amor é isso, e aquilo...

Because I love you... inside and out...

O amor é o espaço entre um apertão e um suspiro... E algumas onomatopeias...




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sputnik

No camarim, sento no canto, enquanto tomo uma tônica.

Todo mundo agitado, no vai-e-vem dos autógrafos e dedicatória.

- "Esse é para quem?"

- "Paula"

- "Arranja outra caneta, essa não quer pegar..."

Sobe gente, desce gente. Fumaça, conversa, todos rindo.

Uma moça me abraça, e me dá os parabéns. Abraço de volta, embora não seja meu aniversário. E ainda agradeço. Gosto de ganhar abraços. E ela elogiou meu cabelo, me chamou de linda... gosto quando quando me chamam de linda.

O camarim é invadindo por um sotaque gostoso. Eu só faço ouvir. Tem um acento diferente, uma coisa cantada, um ritmo que te faz sentir vontade de falar igual. 

Observo da cadeira. Delicio-me atentamente com cada assunto: álbum da copa, a programação da noite...

A voz grossa que se destaca no grupo do frevo, me mira, e dispara:

- "E você, que está aqui, em nossa órbita... como se chama?"

- "Sputnik..." respondi. -"Mais para o tipo 'Murakami' do que do tipo 'Laika'"

Ele achou graça. Embora eu pudesse jurar que nada tinha entendido do que eu disse...

Mais risos. Mais abraços.

Despeço-me.

Sozinha, desço a "Angélica" distraída pela fome.

Resolvo comer.

Café. Torta de frango. Doce de leite.

"Sputnik... de onde eu tirei essa resposta?"

Amanhece na cidade. 

Já é hora de voltar para a casa...














segunda-feira, 5 de maio de 2014

Mirão, o contador de histórias

Nesse sábado, passou um filme na TV aberta baseado numa história real, sobre um menino que se torna um incrível contator de histórias.

O que me levou direto para os verões da minha infância.

Eu tive um contador de histórias.

Mirão era um cara que fazia com que todas as crianças ignorassem o sol, a praia, a piscina e as raspinhas de groselha com leite condensado. Puxava uma conversinha sentado na varanda, e em poucos minutos estávamos todos lá, em volta dele, ouvindo os "causos" de filhas "Marias" que viravam bruxa, e filhos "José" que tronavam-se lobo na lua cheia.

Mirão era nossa Sherazade do meio-dia. As mães nos recolhiam para não nos queimarmos com o "sol do câncer", e ele nos entretinha com o conversê. Muito melhor babá que Mary Poppins.

Ficávamos quietos ouvindo, e ao mesmo tempo excitadíssimos. 

O canavial era sempre cenário de grande horrores. A Bahia, terra natal do nosso Lovecraft, dava o acento no sotaque.

Tardes e mais tardes ao som da voz grossa e sorriso largo do Mestre Capoeirista por paixão, e "historinhador", por eleição. Não servia outro adulto. Tinha que ser o Mirão.

Os verões iam e vinham, junto com o tempo que ditam as estações.

Mirão, que nasceu Emílio, era hipertenso e diabético.

Numa dessas ciladas da vida, ele foi golpeado, e não teve cor de cordão que lhe desse habilidade para se defender.

Morreu aos 61 anos, sem que tivéssemos tempo e tecnologia para guardar em vídeo as histórias que nos contava.

Mas guardamos algumas no coração. Não tão bem contadas, com um detalhe ou outro faltante.

Penso na velha roda de molecada na antiga casa da tia, com olhos esbugalhados, com o coração batendo forte, prestando atenção no Mirão. Espero que essa próxima linhagem, de filhos dos filhos, possam passar ao menos um verão assim.

Que a vida seja generosa, e traga um contador de histórias para eles também.

Nem precisa ser como o Mirão. 

A verdade é que nunca haverá um outro... ele era único. Mestre, na arte da capoeira, e na arte de nos encantar.

Sentimos saudades mestre!

Todo verão! 

E nos inspire, sempre que puder...


sexta-feira, 2 de maio de 2014

"O amor é mecânica quântica"





O amor é mecânica quântica.

É a prática do princípio da incerteza.

O sentimento amor, junto com um frasco contendo o veneno radioativo da incerteza é posto em um coração lacrado, protegido contra a incoerência do medo induzida pelo ambiente. Se um desses relógios, marcadores de tempo em horas, detectar algum tipo de dúvida, então o frasco de incerteza é quebrado, liberando o veneno que mata o amor. A mecânica quântica do amor sugere que, depois de um tempo, o amor estará simultaneamente vivo e morto. Mas, quando se olha para dentro do coração, apenas se vê o amor ou vivo, ou morto, e não uma mistura de vivo e morto.