segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Os bons morrem jovens"

Acho muito caro o preço que a vida cobra para darmos uma passadinha por esse mundo.
A morte parece-me algo sempre , em qualquer circunstância , muito injusto.
Torna-se mais cruel ainda quando arranca de nossa convivência um cara de 25 anos , alegre , cheio de história , que tem uma legião de seguidores.
Assim era o Felipe.Féf's para todos.Um cara legal , prestativo , amado e absurdamente engraçado.
O corpo não aguentou os dias no hospital.Acabou cedendo.Fez a passagem.
Solidão e dor para quem fica.Um buraco que não tem preenchimento.Um vazio.
Ficam as boas histórias , as lembranças e fotos.Mas não adianta.Aprendemos a amar a carne.Sentir o corpo.Então de sexta em diante os dias nunca mais serão iguais.
Entre todos , nesse Natal , faltará um.Entre todos os abraços , e votos de felicidade , faltará o dele.
Confesso que apesar dele ser corinthiano , ele era bacana , tenho que admitir.
Ah Féf's...partiu deixando como legado um milhão de amigos , apelidos à todos e a certeza que mais malandro que ele , ainda não nasceu ninguém.Fora a saudade.Essa sim , absoluta , imutável , imensurável e eterna.
Pensar na morte do Féf's me remete à duas músicas do Renato Russo.Uma delas diz "É tão estranho , os bons morrem jovens , assim parece ser , quando me lembro de você , só que você foi embora...cedo demais"... A outra , mais clássica , diz que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...Parando para pensar , existe amanhã?
Vai com Deus meu menino!

Fica com os nossos por aí que um dia a gente se junta!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Regra de três"...

Não compartilho da idéia de que a primeira impressão , é a que fica.
Muito pelo contrário.
Tenho até uma regrinha básica para fugir desse conceito.
Acredito que tudo na vida deva ser feito pelo menos trêz vezes , assim têm-se a chance para uma melhor análise da situação , ainda que não definitiva.
A primeira vez é sempre para se perder o medo.Toda primeira vez (toda , em qualquer circunstância , como o primeiro vestibular , por exemplo) causa medo.Causa expectativas também .E a expectativa é a mãe da decepção.Logo , não dá para se avaliar nada como bom ou ruim na primeira vez.
A segunda vez é sempre para se aprender.Já sem os véus do medo e da expectativa temos tempo para parar e prestar atenção.Os ouvidos conseguem seguir as orientações , até as não verbalizadas.Os olhos ficam mais atentos.O medo cega , te bota no escuro.A lucidez traz luz.Com medo você tateia , reage.Lúcido você sente , ouve , vê .É ação.
A terceira vez é para saber se gosta.Aí sim , uma opinião com certo embasamento.
Acho engraçado pessoas que dizem que não comem certo tipo de alimento sem ao menos tê-lo provado uma única vez.
Antes de saber que não era muito fã de jiló provei do bicho amargo pelo menos umas trinta vezes.Preparado de várias maneiras diferentes e por várias pessoas diferentes.E realmente , não vai.
Não levemos tudo ao pé da letra.Não preciso pular na fogueira para ter certeza que fogo queima.
O que procuro agindo assim é me dar a chance de errar menos sobre meus julgamentos.
Logo de cara formar uma opinião e torná-la absoluta é muito perigoso.
Mas essas são regras que dão muito certo para mim.E como regras , também há exceções.
Tem coisa que nem preciso provar três vezes para ter certeza se gosto ou não.
Acabo gostando de cara.E aí danou-se.Torno-me escrava de minhas vontades.
Mas isso pouco importa ...
Não há vontade que um dia não acabe passando .Então é simples , é só esperar o tempo passar.
Ou , para causar uma confusão mais deliciosa , arrumar uma vontade maior...*rs